sexta-feira, 25 de junho de 2010

As tristezas do mundo estavam todas dentro dela. Suas alegrias são tão ligeiras, sua satisfação é tão pouca...
"Ela se faz infeliz", foi o que falaram sobre ela quando perguntei o porquê daqueles olhos tão manchados, tão sofridos - "a tristeza está no modo com que vemos as coisas"; falou o velho que, sentado em uma cadeira estrategicamente posicionada e fumando seu cigarro, pensava sobre os erros tão iguais de pessoas tão diferentes.

Eu também era tão triste. O caminho felicidade não me era suficiente. Ninguém me era suficiente. Eu era tão igual a ela, apesar dos meus risos e simpatias...

Um dia, a encontrarão morta, e com o semblante mais suave. Um semblante mais suave, porque os mortos não conseguem escolher entre ser infelizes ou felizes. E eu, neste dia, terei muita inveja dela.

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