sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Algumas pessoas, simplesmente, não nasceram para enfrentar problemas. Minha mãe me deu o nome da avó paterna dela, Sophia. O significado desse nome é conhecimento, saber; mas não acredito que interfira tanto em minha personalidade, até porque eu não sou extremamente inteligente. Faço Direito e trabalho na própria universidade. Moro com meus pais, apesar de ter consciência de que minhas relações familiares sempre serão um caos. Não tenho irmãos, cachorros ou papagaios.Me sinto solitária no meio da multidão, eu sinto frio...
Sempre me imaginei calada e submissa ao meu companheiro, nunca de fato fui. Sempre me imaginei feliz e completa, mas foram apenas vontades. Eu nunca me apaixonei de verdade, tive três namorados nesses meus vinte e um anos de vida. Nunca me interessei por homens bonitos, apesar de ser dona de uma beleza obvia. Me interesso pelo enigmático e sempre saio machucada. Tenho o péssimo habito do cigarro, vício horroroso que eu mais amo. Gosto e me esbaldo em sapatos de salto.
Tive uma briga terrível com meu melhor amigo. Melhor amigo este que nunca participou efetivamente de minha vida, acho que, por isso perdi o rumo. Foram anos da minha adolescência imaginando nossos futuros, foram anos de minha vida gastos tentando fazer dele um amigo. Um dia eu escutei, não sei onde, que o maior erro do amor é quando uma parte dele se faz o inteiro. Acho que eu banquei por anos essa parte tola.
Ele me fazia rir. E sua imagem, personalidade e jeito sempre estavam presentes em meus namoros. Sempre escolhia alguém que me lembrava esse amigo. Amigo imaginário. Amigo imaginado. "C'est la vie", é o que dizem os franceses sobre esse tipo de coisa. Eleger dentre mil pessoas a escolhida para adaptar em nossas mentes.
O resultado disso? Eu ainda não sei. Estou de olhos vendados, com medo de enxergar o que tem lá fora.

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