sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ela saiu do banho com a toalha estampada enrolada no corpo, seus cabelos faziam escorrer gotas por suas costas e todo o chão foi ficando molhado. Andou, do jeito em que estava, até a varanda e olhou a lua. Seria muito agradável ter o luar cheio, mas tudo era minguante. Voltou para o banheiro, colocou uma blusa branca velha e resolveu beber. Martini seco. Cigarros. A luz da rua atravessava os cômodos escuros, sentou-se na cadeira de balanço que herdara da avó. Temia que a luz a iluminasse também. Temia ser iluminada até pela luz da manhã. Mas, quando isso aconteceu, ela nem reparou, as doses de martini e o estresse tinham lhe vencido e os raios de sol não incomodavam seu sono.

Um comentário: